RH não é para qualquer um



Não são só os padres e médicos que têm que ter vocação para o seu
trabalho. Podemos incluir nesta lista muitas outras categorias de
profissionais, mas uma merece destaque: os profissionais de RH!


Vivendo literalmente emparedados entre as pressões da empresa e as
demandas dos funcionários, a maioria desses profissionais ainda não
achou seu próprio caminho, mas deve por obrigação profissional indicar
o caminho para os outros. Trabalhando em uma área que foi dominada
pelos psicólogos e gradualmente invadida por administradores,
economistas, advogados e até – quem diria – engenheiros, têm a
obrigação de defender a diversidade, a multidisciplinaridade e a
multifuncionalidade que experimentaram na própria pele. Foram cobaias
de todos os modismos gerenciais dos últimos 20 anos, e ninguém
perguntou se foi bom.


O ambiente complexo das empresas de hoje coloca o profissional de RH
em permanente conflito. Pedem que ele consiga a lealdade dos
funcionários, mas sem dar nenhuma garantia em troca. Pedem que ele
seja o guardião das estratégias da empresa, mas não o convidam para
as reuniões da diretoria. Pedem que ele atraia, desenvolva e retenha
talentos, mas o chamam de gerador de custos. Pedem que ele tenha
idéias, desenvolva projetos e depois dizem que foi mais uma invenção
do “pessoal do RH”. E, agora, ainda andam dizendo por aí que ele tem
que entender de tecnologia….


Por tudo isso, para trabalhar na área de RH, o profissional deve ter
vocação. Deve ter um interesse genuíno pelas pessoas, pelo seu
desenvolvimento, por sua carreira, seu bem-estar, enfim, um interesse
pela vida das pessoas, dentro e fora da empresa. E ainda deve ter a
missão de defendê-las, sempre que necessário.
Com RH atuando assim, fica mais fácil extrair destas pessoas o máximo
de sua produtividade, colocando os talentos para trabalhar em benefício
dos negócios da organização. E, já que falamos de negócios, o
profissional de RH deve cada vez mais entender dos negócios de sua
empresa e participar das suas definições estratégicas, para poder
formular suas próprias estratégias.


Sem dúvida nenhuma: o profissional de RH é, antes de tudo, um herói!


Este artigo foi publicado originalmente na página do CONARH 2002 – Veja o original aqui

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